A idéia do relacionamento entre o homem e a máquina não é exatamente uma novidade para mim. Na monografia sobre robótica que escrevi há quase dez anos, já discorri sobre a incapacidade do ser humano em diferenciar emoções reais daquelas simuladas por computadores; no Japão era comum donos de tamagotchis enterrarem em cemitérios os restos "imortais" de seus bichinhos virtuais.
Também não é novidade para o mundo (ou pelo menos não deveria ser). Muito antes de mim, Isaac Asimov já descrevia o relacionamento entre homens e máquinas no que ainda hoje é considerado o suprassumo da ficção científica.
O fato é que o assunto voltou à tona com o anúncio de que David Levy, pesquisador em inteligência artificial na Universidade de Maastrich, na Holanda, terminou recentemente seu Ph.D sobre as relações entre humanos e robôs. Em seu trabalho, intitulado Intimate Relationships with Artificial Partners (Relações Íntimas com Parceiros Artificiais), Levy argumenta que os robôs serão tão humanos na aparência, nas funções e na personalidade, que muitas pessoas vão se apaixonar, fazer sexo e até mesmo se casar com eles [1].
Extrapolando o trabalho de David Levy, fatalmente nos deparamos com a possibilidade do sexo entre clones. E como será definida essa relação? Amor próprio, masturbação, homossexualismo ou a pessoa simplesmente se f#%@&?
[1] A reportagem do sítio LiveScience pode ser lida aqui.
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