Divirtam-se!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
O Cavaleirinho das Trevas
Muito bem feito esse "fan-trailer" do filme O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008).
Divirtam-se!
Divirtam-se!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Why So Serious?
Fui assistir a O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008) e sinto ainda não ter visto o filme definitivo do Batman, por três grandes erros e alguns pequenos detalhes. E também por causa da crítica "especializada", que fez minhas expectativas atingirem as alturas, ao o exaltarem como um filme extremamente crível.
Os três grandes erros são dois exageros dignos de James Bond, sendo um deles culpa dos fãs xiitas, que reclamaram que em Batman Begins (2005), Batman não teria usado muitos de seus bat-apetrechos; e uma cena em que Batman entorta o cano de uma arma com uma só mão! Quase fui embora do cinema.
Dentre os pequenos detalhes, o único digno de menção é a substituição da (feia, sem-graça e péssima) atriz Katie Holmes, a Rachel Dawes, pela (horrorosa) Maggie Gyllenhaal. Perdeu-se a continuidade da personagem. Além disso, é inexplicável os dois personagens mais notórios de Gotham City se apaixonarem por uma barangona daquelas.
De positivo, a direção de Christopher Nolan e um roteiro de primeira baseado na HQ Batman: O Longo Dia das Bruxas (Batman: The Long Halloween, de Jeph Loeb) e não no clássico de Frank Miller, Batman: O Cavaleiro das Trevas (Batman: The Dark Knight Returns), como podem pensar os mais desavisados. Michael Caine e Gary Oldman continuam seguindo a lógica e mostrando ótimos trabalhos enquanto Morgan Freeman não brilha como poderia, mas também não prejudica. Christian Bale cresceu enormemente em relação ao primeiro filme, ancorado nos ótimos diálogos com Aaron Eckhart, no papel do promotor público Harvey Dent.
Se por um lado temos um filme excelente, mas imperfeito, por outro temos uma interpretação impecável de Heath Leager no papel do Coringa. Fazendo uma versão "apócrifa" do Coringa, que não tem a pele branca e cujo sorriso permanente é fruto de uma cicatriz de faca, Heath Leager nos presenteia com um Coringa amedrontador, inteligentíssimo e louco, que coloca todo seu intelecto em favor do mal simplesmente por causa de sua insanidade. Do caminhar, curvo e com os pés abertos à entonação da voz, oscilando entre o agudo e o grave, Heath mostra um pouco dessa loucura. Coisa de gênio, O Cavaleiro das Trevas não é o filme definitivo do Batman, é o filme definitivo do Coringa. Pena que, no final, ele morre.
Os três grandes erros são dois exageros dignos de James Bond, sendo um deles culpa dos fãs xiitas, que reclamaram que em Batman Begins (2005), Batman não teria usado muitos de seus bat-apetrechos; e uma cena em que Batman entorta o cano de uma arma com uma só mão! Quase fui embora do cinema.
Dentre os pequenos detalhes, o único digno de menção é a substituição da (feia, sem-graça e péssima) atriz Katie Holmes, a Rachel Dawes, pela (horrorosa) Maggie Gyllenhaal. Perdeu-se a continuidade da personagem. Além disso, é inexplicável os dois personagens mais notórios de Gotham City se apaixonarem por uma barangona daquelas.
De positivo, a direção de Christopher Nolan e um roteiro de primeira baseado na HQ Batman: O Longo Dia das Bruxas (Batman: The Long Halloween, de Jeph Loeb) e não no clássico de Frank Miller, Batman: O Cavaleiro das Trevas (Batman: The Dark Knight Returns), como podem pensar os mais desavisados. Michael Caine e Gary Oldman continuam seguindo a lógica e mostrando ótimos trabalhos enquanto Morgan Freeman não brilha como poderia, mas também não prejudica. Christian Bale cresceu enormemente em relação ao primeiro filme, ancorado nos ótimos diálogos com Aaron Eckhart, no papel do promotor público Harvey Dent.
Se por um lado temos um filme excelente, mas imperfeito, por outro temos uma interpretação impecável de Heath Leager no papel do Coringa. Fazendo uma versão "apócrifa" do Coringa, que não tem a pele branca e cujo sorriso permanente é fruto de uma cicatriz de faca, Heath Leager nos presenteia com um Coringa amedrontador, inteligentíssimo e louco, que coloca todo seu intelecto em favor do mal simplesmente por causa de sua insanidade. Do caminhar, curvo e com os pés abertos à entonação da voz, oscilando entre o agudo e o grave, Heath mostra um pouco dessa loucura. Coisa de gênio, O Cavaleiro das Trevas não é o filme definitivo do Batman, é o filme definitivo do Coringa. Pena que, no final, ele morre.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Defeitos Genéricos
A chegada do frio traz consigo uma onda de doenças, sobretudo as respiratórias. Mas nenhuma delas é párea para a "virose". Está com tosse? É virose. Diarréia? Virose. Cefaléia? Virose! A virose é o que se pode chamar de diagnóstico de amplo espectro; um santo remédio para a dor de cabeça dos médicos. O paciente foi diagnosticado, não há muito o que possa ser feito e vai embora conformado em esperar os anticorpos reagirem.
A medicina não é a única área do saber que se utiliza da obscura técnica de disfarçar o não saber. No jornalismo esportivo, o "nó tático" é boa justificativa para o por que do revés no jogo. Em economia, o "mau humor do mercado" explica (!) por que perdemos dinheiro.
Na informática, o equivalente para a virose é a queda do servidor. "Alô, não estou conseguindo acesso". "Sinto muito senhor, o servidor caiu". Ninguém está disposto a verificar milhares de linhas de código atrás de encontrar um pequeno vazamento de memória que, com o passar dos dias, resulta na queda da aplicação. É mais fácil reiniciar o servidor de tempos em tempos e o problema "desaparece". Esquecemo-nos que, às vezes, os sintomas não desaparecem por si só. O HPV é uma virose que está relacionada com o câncer de colo do útero. Também, reiniciar o servidor pode não resolver o problema. Segundo a Folha de São Paulo, a Telefônica confirmou um problema de conexão em São Paulo que prejudica inclusive os registros da polícia. O prazo para normalização é indefinido.
Você e eu sabemos porque isso acontece. Falta "vontade política".
sexta-feira, 27 de junho de 2008
A Segunda Maçã [1]
A falência dos matrimônios, baixos salários e uma geração alienada são as conseqüências do segundo fruto proibido, colhido da árvore da revolução feminista, que infligiu às mulheres o gosto amargo do mercado de trabalho.
Diferentemente do Éden, dessa vez o pecado não fora o fruto em si, mas o que motivou a mulher a comê-lo: a idéia da mulher ser um suporte à vida do homem. Influenciadas por publicações como O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, que pregava a existência de uma hierarquia entre os sexos, as revolucionárias criam que trabalhando, o divórcio seria financeiramente sustentável e não seria preciso carregar o fardo de se ter um marido. Faltou-lhes a observação de que ambos os gêneros se suportam, "pois se caírem, um levantará o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante." (Eclesiastes 4:10)
Em suma: o casamento passou a ser visto como dispensável. As pessoas aceitaram viver com menos para viverem sozinhas. Para aqueles que insistem no casamento e numa vida confortável, resta aos cônjuges o trabalho. E quem educa as crianças é a televisão, com toda sua estupidez e sua futilidade.
Ainda como reflexo dessa situação, vemos uma mudança comportamental e novos papéis sociais de homens e mulheres. É necessário um revezamento de funções no papel de pai e mãe. Tal inversão de papéis casa perfeitamente bem com a homogeneização dos sexos que é tão politicamente correta e socialmente aprazível. Criam-se cada vez mais, indivíduos sem personalidade sexual, ao mesmo tempo em que surgem clamores por homens viris. A sociedade extirpa o órgão do corpo e exige dele a sua função.
Lamento. Não se fazem mais homens como antigamente e Amélia é que era mulher de verdade.
P.S.: Não tenho razões para crer que o mundo seria um lugar melhor caso nunca tivesse existido a revolução feminista. A humanidade e o capitalismo voraz teriam nos trazido às mesmas condições salariais e a problemas sociais distintos. E eu estaria aqui (ou em algum outro lugar) reclamando do mesmo jeito, só que de outra coisa.
[1] A bíblia em momento algum coloca a maçã como o fruto proibido do Éden. A maçã é citada no título apenas por ser vulgarmente (porém, incorretamente) associada ao pecado original.
[2] O objetivo dessa postagem não é criticar a posição das mulheres que aderiram à revolução feminista. Eu mesmo, fosse daquele tempo, muito possivelmente teria apoiado o movimento; todavia, fundamentado em outras motivações.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
O Reino Perdido do Beleléu
Um dos lugares mais facinantes que minha imaginação conhece é o Beleléu. Quando perdemos alguma coisa, dizemos que foi pro Beleléu. É lá que está o meu bonequinho do Batman, o seu cortador de unha, o brinco daquela menina e, mais recentemente, o título da Copa do Brasil do Coringão.
E é para lá também que vai o nosso dinheiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, trabalhamos até o dia 27 de maio exclusivamente para o pagamento de tributos. Faça as contas: são 4 meses e 27 dias, um total de 147 dias do ano.
A relação de coisas não pára por aí: no Beleléu está a educação, a saúde e a segurança que compramos com o dinheiro dos tributos. O governo brasileiro taxa muito e usa mal o dinheiro; corta investimentos e mantém despesas.
O jeito é me mudar para o Beleléu. Lá, meu time é campeão.
E é para lá também que vai o nosso dinheiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, trabalhamos até o dia 27 de maio exclusivamente para o pagamento de tributos. Faça as contas: são 4 meses e 27 dias, um total de 147 dias do ano.
A relação de coisas não pára por aí: no Beleléu está a educação, a saúde e a segurança que compramos com o dinheiro dos tributos. O governo brasileiro taxa muito e usa mal o dinheiro; corta investimentos e mantém despesas.
O jeito é me mudar para o Beleléu. Lá, meu time é campeão.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Entre Tapas e Bits
Pra quem se interessou pela imagem do post "Pau na Máquina" (e a deste também), trata-se do simpático robozinho WALL-E, protagonista da próxima animação da Pixar Animation Studios. O filme, ambientado 700 anos no futuro, mostrará as aventuras de WALL-E (acrônimo de Waste Allocation Load Lifters - Earth Class), robô designado para a higienização da superfície terrestre, inóspita devido a atmosfera tóxica, herança de gerações descuidadas com o meio ambiente. Mais tarde, a Terra recebe uma nova unidade, EVE, pela qual WALL-E se apaixona.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Pau na Máquina
A idéia do relacionamento entre o homem e a máquina não é exatamente uma novidade para mim. Na monografia sobre robótica que escrevi há quase dez anos, já discorri sobre a incapacidade do ser humano em diferenciar emoções reais daquelas simuladas por computadores; no Japão era comum donos de tamagotchis enterrarem em cemitérios os restos "imortais" de seus bichinhos virtuais.
Também não é novidade para o mundo (ou pelo menos não deveria ser). Muito antes de mim, Isaac Asimov já descrevia o relacionamento entre homens e máquinas no que ainda hoje é considerado o suprassumo da ficção científica.
O fato é que o assunto voltou à tona com o anúncio de que David Levy, pesquisador em inteligência artificial na Universidade de Maastrich, na Holanda, terminou recentemente seu Ph.D sobre as relações entre humanos e robôs. Em seu trabalho, intitulado Intimate Relationships with Artificial Partners (Relações Íntimas com Parceiros Artificiais), Levy argumenta que os robôs serão tão humanos na aparência, nas funções e na personalidade, que muitas pessoas vão se apaixonar, fazer sexo e até mesmo se casar com eles [1].
Extrapolando o trabalho de David Levy, fatalmente nos deparamos com a possibilidade do sexo entre clones. E como será definida essa relação? Amor próprio, masturbação, homossexualismo ou a pessoa simplesmente se f#%@&?
[1] A reportagem do sítio LiveScience pode ser lida aqui.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Não Cobiçarás o Homem do Próximo
O homossexualismo é o assunto da moda: telenovelas têm sempre um casal homossexual; a indústria lança produtos voltados à esse público; e políticos apóiam a causa gay.
O que há em comum entre eles? Todos estão interessados exclusivamente na causa própria. Telenovelas envolvidas na guerra pela audiência notíciam de tempos em tempos o "beijo gay". A indústria lança produtos de olho nesse valioso nicho de mercado. E, como não poderia deixar de ser, também os políticos tentam conquistar ou reconquistar os votos desse eleitorado para si ou para seus coligados. A excessão é a igreja cristã, que, pautada na bíblia, condena o comportamento homossexual [1].
Como cidadão, não aprovo essa conduta hipócrita. E, paradoxalmente, embora não seja contra essa parcela da população, recrimino o protecionismo dado a ela por considerá-lo anti-democrático e nocivo à sociedade. Ao tentar se aproximar deste grupo segundo interesses próprios, esses órgãos supra-citados, acabam pôr distingui-los e essa distinção como um grupo diferenciado de indivíduos, acaba gerando mais discriminação.
O equilíbrio entre a condenação religiosa e a hipocrisia está na condição do Brasil de estado laico. O termo laico remete-nos, obrigatoriamente, à idéia de indiferença, neutralidade. E é justamente essa neutralidade que quase nunca é respeitada no Brasil, seja na polêmica das cotas nas universidades, seja na questão dos direitos dos homossexuais.
Portanto, cabe ao Estado, valendo-se do preceito da analogia, legislar sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo, bem como sobre a adoção de crianças por casais homossexuais. Para o casamento religioso, que cada igreja aja segundo seus próprios critérios. E que Deus separe o joio do trigo.
P.S.: Agradeço ao bom amigo Garcia Filho pela ajuda na redação desse estudo.
[1] Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles. (Levítico 20:13)
Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (1 Coríntios 6:9-10)
O que há em comum entre eles? Todos estão interessados exclusivamente na causa própria. Telenovelas envolvidas na guerra pela audiência notíciam de tempos em tempos o "beijo gay". A indústria lança produtos de olho nesse valioso nicho de mercado. E, como não poderia deixar de ser, também os políticos tentam conquistar ou reconquistar os votos desse eleitorado para si ou para seus coligados. A excessão é a igreja cristã, que, pautada na bíblia, condena o comportamento homossexual [1].
Como cidadão, não aprovo essa conduta hipócrita. E, paradoxalmente, embora não seja contra essa parcela da população, recrimino o protecionismo dado a ela por considerá-lo anti-democrático e nocivo à sociedade. Ao tentar se aproximar deste grupo segundo interesses próprios, esses órgãos supra-citados, acabam pôr distingui-los e essa distinção como um grupo diferenciado de indivíduos, acaba gerando mais discriminação.
O equilíbrio entre a condenação religiosa e a hipocrisia está na condição do Brasil de estado laico. O termo laico remete-nos, obrigatoriamente, à idéia de indiferença, neutralidade. E é justamente essa neutralidade que quase nunca é respeitada no Brasil, seja na polêmica das cotas nas universidades, seja na questão dos direitos dos homossexuais.
Portanto, cabe ao Estado, valendo-se do preceito da analogia, legislar sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo, bem como sobre a adoção de crianças por casais homossexuais. Para o casamento religioso, que cada igreja aja segundo seus próprios critérios. E que Deus separe o joio do trigo.
P.S.: Agradeço ao bom amigo Garcia Filho pela ajuda na redação desse estudo.
[1] Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles. (Levítico 20:13)
Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (1 Coríntios 6:9-10)
quarta-feira, 9 de abril de 2008
A Conquista do Espaço
Se há algo que me soa estranho na Constituição Federal, esse algo é o Art. 14. E é assim que dispõe o Art. 14, incisos e parágrafo primeiro:
"A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a ) os analfabetos;
b ) os maiores de setenta anos;
c ) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos."
A lei maior da União coloca que o voto é obrigatório para os maiores de dezoito e menores de setenta anos. Ora, sabemos que a participação eleitoral da maioria em virtude da obrigatoriedade do voto é um mito. Países desenvolvidos onde o voto é exclusivamente um direito tem maiores índices de participação do eleitorado do que aqui, onde o voto é uma junção direito-dever. Além disso, o voto facultativo melhora a qualidade do pleito pela participação de eleitores em sua maioria, motivados. Em suma: o voto dado espontaneamente é mais vantajoso para a definição da verdade eleitoral.
Outro fator que melhoraria a qualidade do voto é a conscientização dos eleitores. Como já discorri no artigo Iguais, Mas Diferentes, o fato de alguns direitos precisarem ser conquistados não é ruim. Para exercer a advocacia, não basta o bacharelado em direito; é necessário o ingresso na Ordem dos Advogados do Brasil. Para dirigir, o motorista precisa estar habilitado. Dar o direito ao voto de presente de aniversário é insanidade. É pôr faca na mão de criança: ela pode se machucar e também às pessoas a sua volta.
Às vezes a população se choca com notícias como o caso da menina Isabella, que está em voga. É claro que um assassinato é repugnante e é natural se chocar. O que não é natural é não se abalar com casos de corrupção. A corrupção desvia dinheiro público de todos os setores, inclusive daqueles onde a falta de investimento mata. E mata muitos de uma vez. Logo, o voto inconsciente é inconseqüente e pode, indiretamente, matar. Por esse motivo, considero que deveríamos ter um exame sério (gratuito, para que todos os interessados pudessem participar) ao qual o aspirante a eleitor deveria se submeter antes de receber o título de eleitor. Quer votar? Você pode. Mas primeiro, conquiste seu espaço.
"A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a ) os analfabetos;
b ) os maiores de setenta anos;
c ) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos."
A lei maior da União coloca que o voto é obrigatório para os maiores de dezoito e menores de setenta anos. Ora, sabemos que a participação eleitoral da maioria em virtude da obrigatoriedade do voto é um mito. Países desenvolvidos onde o voto é exclusivamente um direito tem maiores índices de participação do eleitorado do que aqui, onde o voto é uma junção direito-dever. Além disso, o voto facultativo melhora a qualidade do pleito pela participação de eleitores em sua maioria, motivados. Em suma: o voto dado espontaneamente é mais vantajoso para a definição da verdade eleitoral.
Outro fator que melhoraria a qualidade do voto é a conscientização dos eleitores. Como já discorri no artigo Iguais, Mas Diferentes, o fato de alguns direitos precisarem ser conquistados não é ruim. Para exercer a advocacia, não basta o bacharelado em direito; é necessário o ingresso na Ordem dos Advogados do Brasil. Para dirigir, o motorista precisa estar habilitado. Dar o direito ao voto de presente de aniversário é insanidade. É pôr faca na mão de criança: ela pode se machucar e também às pessoas a sua volta.
Às vezes a população se choca com notícias como o caso da menina Isabella, que está em voga. É claro que um assassinato é repugnante e é natural se chocar. O que não é natural é não se abalar com casos de corrupção. A corrupção desvia dinheiro público de todos os setores, inclusive daqueles onde a falta de investimento mata. E mata muitos de uma vez. Logo, o voto inconsciente é inconseqüente e pode, indiretamente, matar. Por esse motivo, considero que deveríamos ter um exame sério (gratuito, para que todos os interessados pudessem participar) ao qual o aspirante a eleitor deveria se submeter antes de receber o título de eleitor. Quer votar? Você pode. Mas primeiro, conquiste seu espaço.
quinta-feira, 27 de março de 2008
A Institucionalização da Burrice
Fui chamado de bom, de bonzão, e isso é mau. Uma palavra que deveria ser usada para designar uma virtude pessoal foi usada de maneira oposta, em tom jocoso.
Essa inversão de valores é cada vez mais freqüente. Aquele que tem apreço pela leitura é nerd; o que não estuda é cool. Ter inteligência torna o indvíduo impopular numa terra em que a pobreza é sinônimo de humildade. Educação e riqueza aumentam as possibilidades de desenvolvimento, mas agridem. Uma pessoa culta e bem sucedida rompe um implícito pacto de mediocridade que limita o já estreito senso crítico do povo brasileiro.
O governo por sua vez, através de mecanismos como a aprovação automática nas escolas públicas, me faz crer que não pretende mudar essa deturpação de conceitos já institucionalizada. Um povo inculto é dócil politicamente e, tendo orgulho da condição, não faz por mudá-la.
Não é de se espantar que isso ocorra em uma República onde o presidente gaba-se de ser semi-alfabetizado. Semi-alfabetizado para ele. Eu, que prefiro insultar, o considero semi-analfabeto.
Para finalizar: no sentido em que foi dito, ser bom é relativo, isto é, depende do referencial. E o referencial é péssimo.
Essa inversão de valores é cada vez mais freqüente. Aquele que tem apreço pela leitura é nerd; o que não estuda é cool. Ter inteligência torna o indvíduo impopular numa terra em que a pobreza é sinônimo de humildade. Educação e riqueza aumentam as possibilidades de desenvolvimento, mas agridem. Uma pessoa culta e bem sucedida rompe um implícito pacto de mediocridade que limita o já estreito senso crítico do povo brasileiro.
O governo por sua vez, através de mecanismos como a aprovação automática nas escolas públicas, me faz crer que não pretende mudar essa deturpação de conceitos já institucionalizada. Um povo inculto é dócil politicamente e, tendo orgulho da condição, não faz por mudá-la.
Não é de se espantar que isso ocorra em uma República onde o presidente gaba-se de ser semi-alfabetizado. Semi-alfabetizado para ele. Eu, que prefiro insultar, o considero semi-analfabeto.
Para finalizar: no sentido em que foi dito, ser bom é relativo, isto é, depende do referencial. E o referencial é péssimo.
terça-feira, 18 de março de 2008
Panis et Circenses
Séculos atrás, praticamente todo o mundo conhecido era governado pelos césares romanos. Esses auto-denominados deuses mantinham a população controlada sob um esquema que ficou conhecido como política do pão e circo - em latim, panis et circenses. Era uma maneira perversa de afastar os plebeus das questões sociais e políticas.
Essa política consistia em matar a fome do povo com pão e entretê-lo com espetáculos em circos e arenas como o Anfiteatro Flaviano, o chamado Coliseu. Entre as atrações, uma particularmente cruel era o assassínio de cristãos, caçados vivos pelos leões.
E é assim que este que lhes escreve sente-se nos dias de hoje. Caçado vivo pelo leão do imposto de renda com sua fome arrecadatória, que controla o povo valendo-se de uma política assistencialista - bolsa-esmola - e o diverte com o circo da televisão digital. Ave, Lula!
segunda-feira, 17 de março de 2008
Iguais, Mas Diferentes
Uma das mentiras que mais foram marteladas na cabeça dos cidadãos brasileiros é que todos são iguais perante a lei. Pergunte à seus amigos se isso é verdade e a resposta virá em um uníssono sim. Mas a verdade é que todos os iguais são iguais perante a lei, isto é, a norma legal se aplica, teoricamente, de maneira igual para aqueles que são iguais. Por essa razão, eu e muito provavelmente você, não temos direito ao foro privilegiado, mas todos os nossos nobres deputados o têm, pois todos eles são iguais na condição de parlamentares. Valendo-se da mesma prerrogativa, policiais têm direito a cela separada dos detentos comuns e réus primários têm a pena abrandada em relação aos não-primários.
Note bem: é justo separar os iguais. É isso que garante aos idosos prioridade no uso dos assentos reservados dos transportes coletivos. Se valesse a idéia de que todos somos iguais, qualquer um poderia reclamar seu direito de usar esses assentos.
Um detalhe importante é que não está exclusa a possibilidade de usufruirmos dos direitos dos nossos "desiguais". Ao completarmos sessenta e cinco anos passamos a ter prioridade no uso do assento reservado. Da mesma maneira, podemos nos eleger deputados e gozar (rá!) dos mesmos direitos.
Um detalhe importante é que não está exclusa a possibilidade de usufruirmos dos direitos dos nossos "desiguais". Ao completarmos sessenta e cinco anos passamos a ter prioridade no uso do assento reservado. Da mesma maneira, podemos nos eleger deputados e gozar (rá!) dos mesmos direitos.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Join Now!
Quarta-feira, doze de março de 2008. Esse dia ficará marcado para sempre na minha vida como o dia em que minhas férias acabaram. Não bastasse isso, nessa mesma quarta-feira recebi um e-mail do meu amigo Cristiano com os seguintes dizeres:
"Caro Luiz,
Sem sua presença negativista, conseguimos parar para pensar e refletir. O fruto disso são três blogs:
O do Rodrigo: Genuflexo
O do Garcia: Cine Paranóia
O meu: Nerd Protestante"
... O Ócio Destrutivo!
Sem sua presença negativista, conseguimos parar para pensar e refletir. O fruto disso são três blogs:
O do Rodrigo: Genuflexo
O do Garcia: Cine Paranóia
O meu: Nerd Protestante"
Quinta-feira, treze de março de 2008. Tive a felicidade de ter minha idéia citada no Blog do Garcia - o Cine Paranóia. Tal fato me levou a pensar: por que estou usando todo esse meu potencial criativo para os outros e não para meu próprio benefício? E, como bom invejoso que sou, resolvi que teria meu próprio blog.
Dado este nobre motivo, senhoras e senhores, é com satisfação que apresento para vocês...
... O Ócio Destrutivo!
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